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Individual Report




RESGATE HISTÓRICO DAS FAMÍLIAS ROMENAS: NAGEL.

Família de Theobald M. Nagel e Gertruda Kuss


Theobald M. Nagel nasceu em 16 de dezembro de 1886 e Gertruda Kuss nasceu em 1891. Eles se casaram em 17 de novembro de 1908 em Krasna. Theobald era filho de Michael Nagel e Elisabeth Leinz, enquanto Gertruda era filha de Peter Kuss e Marianna Seifert.

O casal teve sete filhos juntos. A Petronilla Nagel nasceu em 30 de dezembro de 1910 e foi batizada em dezembro de 1910 ou janeiro de 1911. Apollonia Nagel nasceu em 1914 e se casou com Peter Menges em 1933 no Brasil, para onde a família emigrou em 1930. Rufina Nagel nasceu em 18 de fevereiro de 1918 e foi batizada no dia seguinte. Angela Nagel nasceu em 14 de julho de 1920 e foi batizada em 18 de julho do mesmo ano. Mathias Nagel, o primeiro filho do casal com esse nome, nasceu em 11 de setembro de 1922 e morreu em 19 de junho de 1926. Elisabeth Nagel nasceu em 15 de novembro de 1924 e foi batizada no dia seguinte. O segundo Mathias Nagel nasceu em 11 de março de 1928, foi batizado no mesmo dia e morreu em 12 de junho do mesmo ano.

No início do século XX, a Romênia enfrentava períodos de guerra e instabilidade política, especialmente na região da Bessarábia, de onde veio a família Nagel. A Bessarábia, localizada entre os rios Prut e Dniester, era uma área historicamente disputada e, na época, pertencia à Romênia. Suas terras férteis e posição estratégica atraíam o interesse de várias potências, tornando a vida na região incerta para muitas famílias.

Diante desse contexto, a família Nagel, originária de Krasna, na Bessarábia, decidiu buscar uma vida melhor em outros lugares. Eles tomaram conhecimento, através de cartas, sobre as oportunidades no Brasil, um país com terras férteis e um ambiente promissor para imigrantes.

Theobald M. Nagel e sua esposa Gertruda, decidiram embarcar nessa jornada junto com suas filhas Apollonia (17 anos), Rufina (12 anos), Ângela (09 anos) e Elizabeth, conhecida como Lice (05 anos). Eles deixaram a Romênia em 07 de maio de 1930 a bordo do navio Monte Sarmiento e enfrentaram uma viagem de quase um mês até chegarem ao Brasil.

O navio Monte Sarmiento tinha capacidade de 13.625 toneladas, três motores diesel de 7.000 cavalos cada e duas hélices, construído nos estaleiros de Blohm & Voss. Possuía salões amplos e elegantes para fumantes, leitura, senhoras, tertúlia e entretenimento com aparelhos de rádio e outras distrações, como uma orquestra.

Também tinha salões de jantar extensos e luxuosos, iluminados e arejados por amplas janelas. Foi lançado ao mar em 1924 e comandado na viagem inaugural pelo capitão Hans Meyer. Em 20 de novembro de 1924, partiu de Vigo em seu primeiro cruzeiro. Tinha uma velocidade de serviço de 14 nós e capacidade para transportar 1.300 passageiros de terceira classe e 1.150 de quarta classe, embora nos primeiros cruzeiros apenas transportava passageiros de terceira classe, que era equivalente à segunda classe de outros navios. Em 1943, foi afundado por um bombardeio aliado, depois recuperado e desmontado.

Ao desembarcar no Brasil, os imigrantes foram levados a galpões, onde aguardavam por fazendeiros interessados em contratá-los para trabalhar em suas terras. Após alguns anos trabalhando e economizando dinheiro, a família Nagel e outros imigrantes romenos decidiram se mudar para o Sul do Brasil, onde já residiam alguns compatriotas. Theobald, Ghertruda e os demais membros da família, exceto Ângela, se estabeleceram em colônias próximas às cidades de Santo Ângelo e Ijuí, no Rio Grande do Sul. Eles encontraram moradia e trabalho na região, adaptando-se à nova vida no Brasil. O casal Peter e Apolônia Menges residiam por alguns anos na Linha Laranjeira, Itapiranga, onde, inclusive, nasceram alguns de seus filhos. Eram muito amigos de Simon Soehn.

Enquanto isso, Ângela Nagel permaneceu em Itapiranga com seu marido Guilherme Bruno Kroth, a quem conheceu e se casou. Com o tempo, as famílias de imigrantes romenos foram se adaptando à nova realidade e expandindo suas propriedades, contribuindo para o desenvolvimento dos municípios.

Após seu casamento, Ângela e Bruno decidiram acolher pensionistas em sua casa para ajudar nas despesas e complementar sua renda. Ângela era conhecida por cozinhar grandes panelões de comida e lavar roupas das famílias dos hóspedes no rio Uruguai.

Por outro lado, Rufina contraiu matrimônio do Beno Diemer, e Elizabeth, se casou com José Cassal, com quem teve vários filhos, ampliando a família Nagel no Brasil. Ambas as famílias fixaram residência em Ijuí-RS, município no qual ainda residem descendentes.

A história da família Nagel é um exemplo da determinação e coragem dos imigrantes romenos que buscaram uma vida melhor no Brasil. Ao longo das décadas, eles se adaptaram às dificuldades e contribuíram significativamente para o progresso do país que os acolheu com tanto carinho. Eles foram capazes de superar as adversidades e criar uma nova vida, mantendo as tradições de sua terra natal e ao mesmo tempo abraçando a cultura brasileira.

A trajetória da família Nagel ilustra os desafios enfrentados pelos imigrantes ao se estabelecerem em um país desconhecido e sua capacidade de se reinventar e prosperar. Com o passar do tempo, os descendentes de Teobaldo e Gertrudes Nagel foram se integrando à sociedade brasileira, mas sem perder suas raízes culturais e mantendo viva a história de seus antepassados.

Em resumo, a família Nagel é um exemplo de resiliência e superação, assim como muitos outros imigrantes que se estabeleceram no Brasil no século XX. Eles enfrentaram adversidades e desafios, mas conseguiram se adaptar e prosperar em uma terra estrangeira, contribuindo de maneira significativa para o desenvolvimento do país e deixando um legado importante para as futuras gerações.

Texto: Marcio Kroth
Fonte: 05.09.2023
Associação dos Romenos Bessarabianos do Extremo Oeste de Santa Catarina





Outras listas e relatórios de ancestrais individuais

O texto foi traduzido por Otto Riehl usando a ferramenta de tradução do site DeepL, Cologne, Germany .

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Ted J. Becker [†]  &  Otto Riehl, Kirchlinteln

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